O Hyundai Veloster e a Reforma Tributária
O Congresso se prepara para a votação da reforma tributária. Todos os grandes veículos de imprensa falando da articulação na Câmara, da importância de um IVA único, da simplificação para as empresas e todas as maravilhas que a ideia de uma reforma tributária pode sugerir. Só que não leram o conteúdo a ser votado. Vejamos: TODOS repito, TODOS os pontos que determinarão redução ou aumento da carga tributária simplesmente NÃO se encontram no texto a ser “APROVADO”. Falamos aprovado, porque no Brasil de 2023 é vetado ao parlamento discordar do executivo. Só é colocado em pauta o que já tiver sido votado antes nos bastiores do toma lá, dá cá…
As alíquotas por setor e segmento, os subsídios, as compensações tributárias, os créditos tributários, pecentuais de isenção, volume emitido por tamanho de empresa, nada disso está sendo discutido. Não se discute também o fim dos benefícios concedidos por estados, a situação da Zona Franca de Manaus, enfim… você entendeu…
E já que falei em veículos de imprensa, isso me lembrou o caso do Hyundai Veloster, o esportvo coreano de três portas que foi vendido aqui no Brasil… Os compradores compraram a ideia de que teriam um carro mega esportivo, com motor com injeção direta de combustível, mais de 140 cv, GPS, 8 air bags, bancos elétricos e mais um monte de coisa bacana… mas na verdade, receberam um carro 1.6 básico, lerdo e pé duro.
É essa a reforma tributária que se avizinha. Um carro que parece bem bonito, bem esportivo, bem econômico, mas que só saberemos mesmo quando chegar. No caso, quando as MP’s forem sendo apresentadas mais adiante… A diferença é que pelo menos um cliente ganhou na justiça o direito a receber o veloster anunciado, o nome dele é Denis Nicolini. Todos os demais compradores ficaram com o veloster safado e chechelento… e a não ser que o Brasil mude e vire uma Alemanha daqui pra dezembro, nem mesmo o Denis vai conseguir ter a reforma que está sendo prometida… é o país evoluindo na velocidade do Veloster.