Quase um mês

Foi essa a ausência. Correria de trabalho. Nada além disso… Curioso apenas que, depois de tantos anos dedicados à política e a Brasília, foram justamente as idas e vindas à capital que complicaram a frequência dos textos. Mas valeu a pena. Conheci pessoalmente o camarada que mudou o ensino de redação publicitária no Brasil. João Carrascoza, além de um grande escritor, é uma pessoa incrível, iluminada, humilde. Ao ponto de nem compreender os efeitos práticos de sua obra… de longe, o ser mais próximo de um cosmo pensado que já tive o prazer de conhecer pessoalmente. Fim da tietagem.
E se algo evoluiu bem no cenário político nesta pausa, aconteceu entre os dias de Rússia e China… aliás, mais entre China e o Aerolula, quarenta e oito horas atrás… de mais um imbróglio entre a Primeira Dama e o principal ministro, o falastrão Rui Costa, jaz o fim das tentativas de regulação das redes sociais em nosso país.
Para defender a mulher amada, o presidente falou mais que o ministro. Bem mais. E por escancarar o pedido feito de sua própria boca ao pé do ouvido do companheiro Xi Jimping para que enviasse um emissário a fim de replicar aqui sua política de liberdade de expressão, Lula enterrou para sempre o debate.
Ao tornar público a solicitação de um especialista chinês para replicar aqui seu modelo de regulação de redes sociais, Lula matou, esquartejou e escondeu pra sempre as partes da discussão, já que o padrão chinês é não ter regulação, apenas censura.
Também não há como “desescutar” a fala do presidente, nem minimizar seu significado. Sobrou apenas a certeza de que, lá no fundo, o desejado pelo governo é ser tão plural quanto Pequim, tão livre quanto Caracas. Melhor não demorar tanto tempo sem escrever…
Bom fim de semana a todos.